segunda-feira, 27 de junho de 2011

Quanto mais buracos, mais lentidão no trânsito


Há um buraco enorme na Avenida Getúlio Vargas, em Olinda, em frente ao Supermercado Extra de Bairro Novo.

Não é novidade que os buracos estão em todas as vias do Recife e região metropolitana, dificultam o trânsito e causam acidentes, mas tudo se torna ainda mais difícil quando se trata de um buraco no meio da via movimentada, sem sinalização dos órgãos competentes ou alguma previsão de reparo. A medida tomada pelos moradores da área foi colocar algo visível no buraco para que não houvesse algum acidente ou que evitasse a queda de algum transeunte em um possível alagamento (o que não é tão incomum nesses tempos chuvosos) ou momento de distração ao atravessar a avenida.
27/06/2011 Minea Nunes

A dica para quem for trafegar neste local é ter atenção redobrada e muita paciência.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Venda de vagas na fila, um caso antigo do sistema de atendimento em órgãos públicos



Missão: C
onseguir ser atendida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Na sexta-feira passada(17/06), tentei completar essa missão, sem êxito, pois cheguei “tarde” (por volta de 8h da manhã) ao local designado pela Agência do Trabalho para resolver uma pendência do meu Seguro-Desemprego.
Hoje, segunda-feira (20/06), acordei às 3h30min da manhã e, mesmo estando com um estiramento muscular na panturrilha esquerda, fui peregrinando às 5h da manhã por 2 linhas de ônibus, desbravando a madrugada na Avenida Caxangá e seus intermináveis buracos e obras inacabadas, continuando do Derby pela Agamenon Magalhães (sentido Zona Norte) até chegar ao local. Para quem não conhece, o Ministério do Trabalho e Emprego fica localizado exatamente em frente à Reitoria da UPE, basta atravessar as duas vias da avenida, atentando para o tempo dos semáforos, curtos para um pedestre lento, que era o meu caso.
Ao chegar perto do órgão, eis que me aborda um cidadão oferecendo uma vaga na fila dizendo estar “baratinha”. Fiquei enojada com tal atitude, mas ignorei certa de que outros iriam fazer o mesmo.
Em frente ao portão, vejo uma enorme fila, levando em conta que o órgão só abre às 8h da manhã, já havia muita gente que também havia madrugado para conseguir uma das 140 disputadas fichas de atendimento nos guichês. Dirigi-me ao final da fila, estranhando, porém, uma enorme distância entre o portão de entrada e o começo da fila, mas esperei lá como uma boa cidadã. Uma hora depois, começa uma agitação no começo da fila, de onde surgiram pessoas para ocupar o enorme espaço acima citado? Lembram do cidadão oferecendo vaga? Ele não era o único e as pessoas não ignoraram o que ele falava, como eu fiz, e sim, compravam vagas na fila para serem as primeiras no atendimento. Visualizou a confusão? Pois é. O pior é que as pessoas que se encontravam no começo da fila, nada faziam para impedir o ato dos criminosos, simplesmente olhavam aquilo, incrédulas por tamanha impunidade. Uma pessoa reclamou, começou uma discussão e depois voltou tudo ao “normal”, o cidadão saiu da fila e retornou em seguida, a Polícia Militar apareceu e caminhou nos dois sentidos da fila procurando algo. Percebi que os dois policiais iam embora, chamei-os e contei o que acontecia no começo da fila. Bem, eles não puderam fazer nada sem provas, as pessoas mais uma vez se acovardaram pelo medo de sofrerem represálias, não tiro as suas razões, mas aquela era a hora da denúncia. Todos que ali estavam para conseguir atendimento precisavam de documentos específicos, bastava que os senhores policiais pedissem para que todos apresentassem os documentos e se dispusessem a “vigiar” a fila inteira até a abertura do portão, mas tão logo viram suas impotências diante da cena, foram embora na viatura.
As pessoas continuaram adentrando na fila desonestamente e aquela bagunça foi ficando por isso mesmo. Mais um ponto para a marginalidade e desonestidade.
Depois de muitas horas na fila, consegui entrar, peguei uma ficha de número 79 (impressa em papel comum e recortada) e fui atendida várias horas depois de esperar num ambiente ventilado por ventiladores arcaicos e com condicionadores de ar só usados pelos funcionários em suas cabines. Aliás, outra coisa que não funcionava na sala de espera era o painel eletrônico, que de eletrônico só tinha o nome, pois estava desativado, sendo substituído pelo segurança que berrava os números em sequência. Os assentos designados para espera eram poucos para a quantidade de gente que se amontoava ali e todo aquele barulho era insuportável, ainda estou admirada de ter um bebedouro quebrado com água gelada disponível aos cidadãos que pagam seus impostos e poderiam ser bem recebidos em órgãos públicos. E mais uma coisa, se precisaríamos tirar uma cópia de cada documento que já apresentamos em outro órgão anteriormente, por que raios não havia uma copiadora acessível ao público? Nem digo que copiar fosse grátis (seria querer demais hoje em dia), mas que no próprio local houvesse a possibilidade de fazê-lo. Enfim, senti-me muito indignada com tudo que aconteceu, saí de lá após 1h da tarde com uma bela dor de cabeça e mais dores na perna por passar tanto tempo em posição desconfortável.
Missão cumprida. Agora é esperar o resultado do meu recurso e que meu direito ao benefício seja garantido, uma vez que não fui culpada se a empresa, contador ou algum órgão no meio do caminho não deu entrada em algum documento meu que me garantisse a “serenidade” de ficar desempregada.